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Isenção do IR até R$ 5 mil é avanço, mas não corrige defasagem da tabela, dizem auditores

  • há 12 minutos
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Hoje, quem recebe até R$ 3.036 é isento do pagamento de IR; proposta muda faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais

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O Senado aprovou nesta quarta-feira (5), o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5.000 mensais e, reduz alíquotas para salários de R$ 5.000,01 a R$ 7.350. Para compensar os cofres públicos pela perda de arrecadação, a proposta (PL 1.087/2025), aumenta a taxação de altas rendas, a partir de R$ 600.000 anuais. Votado pelo Plenário com urgência, o texto segue para sanção da Presidência da República.


O aumento do tributo afetará apenas quem recebe mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano, incluindo dividendos. A cobrança será gradual, com alíquota máxima de até 10% sobre os rendimentos. Aqueles que já pagam essa porcentagem ou mais do que isso, não serão cobrados.


Pelo texto aprovado, continuarão isentos de IR, os investimentos financeiros relacionados ao mercado imobiliário e, do agronegócio, como letras de crédito e fundos de investimento.


A Unafisco Nacional foi uma das primeiras entidades a cobrar o cumprimento da promessa de campanha feita pelo presidente Lula: ampliar a faixa de isenção do IR e promover maior justiça tributária. Desde o início do governo, a entidade apresentou estudos técnicos, mobilizou parlamentares e usou todos os espaços institucionais disponíveis para denunciar a defasagem da tabela do IR e o peso desproporcional suportado por assalariados de baixa e média renda.


Apesar do alívio tributário para milhões de brasileiros, o presidente da Unafisco faz um alerta: a classe média continua penalizada. “A tabela não foi integralmente corrigida. Quem ganha acima de R$ 7.350 por mês, segue sendo tributado com base numa tabela congelada há quase 30 anos. Isso mantém um nível elevado de injustiça para quem ocupa cargos técnicos, gerenciais ou tem remuneração pouco acima da média”, avalia Mauro, presidente da Unafisco Nacional.


Ele lembra que se a correção fosse completa, o impacto positivo se estenderia também às faixas superiores, promovendo uma redução mais ampla da carga sobre assalariados. “Não é porque houve um avanço que o Congresso corrigiu a injustiça.


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A entidade reafirma que continuará atuando para que a correção da tabela do IRPF não fique pela metade e que as próximas etapas da reforma tributária levem em conta a progressividade, o combate às desigualdades e a valorização do trabalho.







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